6/25/2008

Contraste

Back from Space


Muito se passa num ano.
Muito se aprende ou apreende.
Muito se esquece algo se lembra.
Estive esquecida mas lembrei-me.

5/14/2006

De volta!

De volta, à voltas... Girando sobre mim. Vejo fumo. Vejo luz. Não vejo nada. Entrego-me assim ao acaso e espero. Mas eu não sei esperar. Sei correr... nos meus pensamentos abstractos. Esses sim fazem-me sorrir e ir mais e mais além. Ter esperança. Ter coragem. Amar. Voar. Nascer todos os dias mais um célula. Mais um átomo. Quero-me assim livre de mim e da parte que me faz parar. Soltar as asas... Ahhhh que sensação de abraçar o mundo e de dar beijos às nuvens, aos carros, às pessoas, ao mar, às formigas, às magnólias e a ti e a mim!

4/19/2006

A 15 metros do solo...

Deitada de costas para o mundo
Olhos bem abertos no céu


Voam andorinhas
Muitas andorinhas
Sarapintam o azul
Em voos desequilibrados
Mas com objectivo
Os raios de sol do fim da tarde
Pintam as suas asas pretas de dourado
Eu voei com elas
O meu mundo
Era aqule pedaço de céu
E um copo de vinho!

4/17/2006

Crashhhhh!

Cabeça partida
Unha encravada
Cotovelo de tenista
Coração de lata

POrrAA!

3/30/2006

...mas adoro a Primavera!

SSSSSplassshhhh!!!

3/20/2006









It´s getting hot in here!

3/19/2006

CP

Viajo muito em comboios da CP. Antes eram mais metálicos e com bancos pouco confortáveis. Hoje têm cores da “moda”, laranja, azuis forte e bebé, e corrimões (parecidos com os das casas de strip) vermelhos. Toda esta conjuntura de cor dá um resultado pouco harmonioso… e desapropriado! Ainda se os comboios andassem vazios, mas todas as pessoas com suas respectivas cores e cabelos e roupas e sacos e malotes, conferem-lhe toda uma estranheza e despersonalização tal que me chega a irritar. Todos olham de lado, ninguém se encara, ninguém sorri. Talvez só eu sorria perante isto tudo e até pelo facto de me sentir um pouco irritada com toda esta confusão.
A isto se chama transportes públicos. Gosto deles. Fazem-me sentir parte integrante de uma sociedade que rejeito e que me assusta. Pelo menos nestas viagens sinto-me parte de toda esta confusão de cabelos pintados de caju e madeixas louras e bigodes.
Cada viagem é diferente da outra.
Já fiz amizades, já tive conversas banais, todas elas com pessoas muito mais velhas que eu. Gosto das pessoas de mais idade, falamos a mesma língua!
Nos comboios de antes existiam janelas….
Não tínhamos música repetida 3000 vezes mas tínhamos janelas, mesmo de noite dava para ver para fora…. Agora sinto-me presa aqui dentro! Não posso desfrutar da paisagem, são só as pessoas!
Malditos vidros espelhados! Claustrofobia generalizada, perfumes intensos, maus cheiros, barulho, ruído.
Preferia os comboios de antes eram mais cinzentos mas brilhavam.
Adorava andar de comboio, agora passo o tempo a escrever para me entreter… Há meses que não vejo as cegonhas e garças dos campos de arroz nem os próprios campos, nem as árvores nem as nuvens por causa dos malditos vidros espelhados!
Voltem comboios antigos, olho lá para fora e nem sei em que estação estou!
Sinto-me perdida e presa aqui dentro! Parece que vou dentro de uma caixa que passa por sítios indefinidos e todos iguais, o vazio!